Uma
história que começou há dez anos. Após o casamento o casal Leoclides Basso
Junior e Sheila Basso viram na avicultura de corte o sustento para a família,
que alguns anos depois também teria as crianças Leandra e Lucas como membros. O
trabalho que começou com apenas dois aviários de 50 metros no modelo
tradicional hoje se expandiu e é exemplo para diversos produtores de Joaçaba e
região.
Integrados
da empresa BRF – Brasil Foods S/A, a família Basso possui pouco mais de quatro
alqueires de terra e tem na avicultura o sucesso de sua propriedade. Os dois
aviários dark adaptados são assim chamados, pois foram feitos com a base
semelhante a dos aviários tradicionais. Cada aviário possui 150 metros e os
dois juntos comportam aproximadamente 52 mil aves.
Dark
é uma palavra inglesa que significa sombra, escuridão. Sobre esse ser o nome do
sistema, Sheila Basso explica que esses aviários no modelo dark são assim
chamados porque os frangos vivem sem contato com a claridade do dia, apenas com
a luz artificial de lâmpadas. Esse modelo estimula os ciclos de engorda e vida
do animal, reduzindo a energia gasta, a mortalidade, os custos com mão de obra
e o tempo de alojamento.
Com
os dois aviários adaptados em pleno funcionamento, a família Basso está
expandindo os negócios para a construção de mais 150 metros de aviários no
sistema dark modal, ou seja,
pré-moldado. O investimento ultrapassa a marca dos R$600 mil e contará com cisterna
para aproveitamento da água da chuva e fornalha que se abastece
automaticamente. “A cisterna com capacidade para um milhão de litros de água
será um alívio pra nós, especialmente nos períodos de seca”, conta Sheila.
O
trabalho nos aviários tradicionais era maior, tanto é que Junior contava com
ajuda da esposa e do irmão, Edgar, para dar conta de toda a demanda. Hoje,
Edgar possui suinocultura no sistema de integração e gado, e apenas o casal
trabalha com os aviários. “No começo a
gente nem sabia o que era o aviário dark, mas esse sistema é bem melhor que o
tradicional, a qualidade do ar é superior aos outros aviários devido o
funcionamento dos exaustores. O principal trabalho é mexer a cama do aviário
para descompactar e monitorar o sistema para que tudo funcione perfeitamente”,
explica Junior Basso.
O
novo aviário que está na fase de terraplenagem estará pronto num período
aproximado de 90 dias e alojará 35 mil frangos. “Depois desse novo aviário
pronto só a produção de frangos da família Basso daria conta de abastecer cada
joaçabense com aproximadamente três frangos a cada 40 dias. É um trabalho que
exige atenção e monitoramento constante e é um dever nosso buscar conhecer o
processo de produção dos alimentos que consumimos, é uma maneira de valorizar o
trabalho do outro e também o alimento que chega à nossa mesa”, comentou o
vice-prefeito Marcos Weiss, em visita à propriedade.